Reconhecer a importância das taxas de juros na economia é uma das principais tarefas de todo empreendedor. É através delas que o mercado de consumo se movimenta, o que indica uma série de fatores relacionados ao crescimento instantâneo da empresa ou à retenção de valores para não sucumbir a uma crise. Para isso, então, é necessário não só reconhecer, mas compreender o que de fato são as taxas de juros.
Sob o ponto de vista macro, a economia se movimenta através da flutuação do dólar, a análise do mercado internacional e suas grandes potências, bolsa de valores e como o mundo reage às crises e às descobertas. A exemplo disso, uma virada de página ocorre quando algo novo é descoberto em cima de uma matéria-prima que modifica o mercado de consumo, como o petróleo. A partir disso, o efeito é instantâneo no valor do barril e, em consequência, na gasolina. Toda a cadeia logística, de entregas e exportações, movimentada pelo petróleo, sofre alteração.
As taxas de juros, então, são influenciadas diretamente pelas modificações econômicas de um país, e elas também podem atrapalhar o desenvolvimento de uma empresa desde uma simples estratégia de marketing até a sua própria existência. Tudo vai depender do estudo, análise e processo feito com base nos altos e baixos dos juros no Brasil – e, em diversos casos, em outras partes do mundo.
A ECONOMIA É A PRIMEIRA A SER AFETADA PELOS JUROS
Através do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou simplesmente taxa Selic, a economia do Brasil é toda controlada por suas mudanças, as quais ocorrem diariamente. Pelo Governo Federal, que utiliza o Banco Central do Brasil para controlar a compra, emissão e venda do que é chamado de títulos públicos federais, tudo se movimenta para que a Selic permaneça da melhor forma possível no final de cada dia.
Porém, como as transações diárias podem flutuar, ou seja, mudam para cima e para baixo, existe um ajuste feito todos os dias para que nada fuja do controle do Banco Central, mas, nem sempre é assim: essas alterações, vale lembrar, são as responsáveis pela rentabilidade dos títulos públicos federais, e são elas que interferem, em consequência, na captação dos bancos. Ou seja, isso interfere na forma com a qual as taxas de juros são disponibilizadas para credores e devedores, desde grandes empresas e instituições públicas até o consumidor final.
De uma ponta da cadeia, as mudanças macroeconômicas que acontecem todos os dias no país. Da outra ponta, a pessoa que busca por retenção de gastos porque não consegue sequer comprar uma cesta básica. Esse contraste, portanto, é o desafio pelo qual os governantes passam todos os dias, e para o qual empresários e empreendedores devem encontrar soluções mais práticas e justas para seus respectivos públicos.
O QUE AS TAXAS DE JUROS OFERECEM ÀS EMPRESAS
As taxas de juros funcionam com base na Selic, e a sua influência atinge todos. Como os bancos são diretamente ligados a essas mudanças, ocorrem alterações que podem favorecer ou prejudicar todo e qualquer negócio. Por isso, é necessário estar atento a essas modificações diárias, e controlá-las com base em estratégias sólidas que circulem pelos diferentes departamentos da empresa.
Quando a Selic opera em alta, os bancos sobem os juros, e isso dificulta o dia a dia de investimentos e empréstimos, sobretudo por parte de fornecedores de todos os segmentos. Em consequência, o valor de produtos e serviços também aumenta. Por outro lado, quando a Selic está em baixa, as taxas de juros são menores, os investimentos são facilitados e, portanto, o olhar sobre a produção de produtos e oferta de serviços é constante, aumentando o consumo e movimentando a economia de forma mais dinâmica e favorável ao consumidor.
CRÉDITO
Com a Selic alta, não somente grandes empresas que são influenciadas diretamente, mas também empreendedores de todos os tamanhos. Isso porque os créditos tendem a ficar muito mais difíceis de serem realizados e, portanto, mais um motivo para fornecedores e empreendedores não conseguirem compactuar seus negócios. Quem também perde é o consumidor.
Aqui também há outro problema. Com a Selic alta, os empreendedores não conseguem pagar suas dívidas, o que gera o contraponto às financeiras, dificultando ainda mais esse tipo de transação. Mas, vale lembrar que empreendedorismo é necessário para qualquer mercado de consumo, pois traz inovação.
RENEGOCIAÇÕES
Com a quantidade de contratos pertencentes às empresas, sejam eles de longo ou médio prazo, é possível renegociar uma dívida, por exemplo, quando a Selic está em baixa, favorecendo ambas as partes, em especial a interessada, para que o processo seja encurtado. Um contrato pode ser reajustado diante das oscilações da Selic.
CONSUMO
Quando os juros estão baixos, o consumidor consegue aquecer a economia de forma mais dinâmica e constante. Com isso, é possível movimentar recursos, ao invés de deixá-los parados. A confiança no mercado também influencia diretamente o consumo.
Por sua vez, quando Selic está em alta, as empresas também utilizam altas taxas de juros, pois é uma forma de se resguardarem para não haver quebra ou um tipo de crise mais severa. Em consequência, há retenção nos investimentos, o que denota a economia frágil que esse tipo de situação demanda.
E O GOVERNO, O QUE TEM A VER COM AS TAXAS DE JUROS?
Quando o Governo Federal, através do Banco Central do Brasil, diminui as taxas de juros com base na flutuação positiva da Selic, o país faz bons negócios. Porém, ainda que seja uma tarefa árdua e muitas vezes apontada de forma unilateral, não cabe ao Governo Federal determinar completamente como tudo isso funciona, e sim direcionar o país pelo melhor caminho possível.
Por outro lado, existem chances concretas para fazer bons negócios a partir de uma previsão da Selic. Não existe ciência exata para que isso aconteça, mas há estimativas bastante próximas da realidade, as quais podem ser feitas por profissionais experientes no assunto, cuja análise tem como base as próprias ações realizadas pelo Banco Central do Brasil.
Portanto, caso a sua empresa queira estar à frente dos grandes percalços que envolvem as taxas de juros no Brasil, é altamente recomendável ter um profissional especialista no assunto, algo que os executores da SMR sabem fazer com propriedade.