Quando você está começando no mundo do empreendedorismo, é normal sentir aquele frio na barriga na hora de fazer um orçamento para o cliente, e isso fica ainda mais sério no momento de falar quanto aquele serviço ou produto vai custar.

Mas por que temos essa sensação de medo se o preço é apenas um símbolo de todo o valor que você vai agregar na vida do seu cliente?

Pode ser, simplesmente, porque nem você acredita que o seu trabalho vale aquele preço.

Isso é um problema e uma das maiores dificuldades que os empreendedores sentem no início dos seus negócios, mas hoje você vai mudar essa realidade na sua empresa.

Leia esse post até o fim porque nós separamos 5 dicas para você fazer a precificação correta dos seus produtos e serviços.

A IMPORTÂNCIA DO PREÇO CERTO

Antes de saber como calcular o preço, você precisa saber porque é importante ter o preço correto na sua empresa.

De início, você pode pensar “bom, é claro que é porque eu preciso ter um bom lucro”. Mas, acredite se quiser, o seu lucro é o menor dos seus problemas no momento de precificar seus produtos ou serviços.

O seu preço não pode ser baixo ao ponto de não te gerar lucro, mas, se for muito alto, a não ser que o seu diferencial seja absurdo, pode desestimular o mercado a comprar de você, principalmente no início dos seus negócios, pois ainda não vai ter cases de sucesso ou casos de benefícios extremos pela compra do seu produto.

Então saiba que precificar corretamente vai muito além de uma margem de lucro adequada.

Sabendo disso, vamos para o que realmente interessa:

  • Faça o cálculo do Custo por unidade

Você sabe quanto gasta para produzir ou comprar cada unidade do produto que a sua empresa vende? Sem esse cálculo é impossível você saber qual é o preço ideal do seu produto.

Essa história de que empreendedor não precisa saber fazer contas é mentira, e das mais cabeludas.

Você não precisa saber mais que as 4 operações básicas para empreender, mas é necessário saber somar o custo da sua matéria-prima, o tempo gasto na produção de cada unidade, o valor da mão de obra, esse tipo de gasto fixo.

Se a sua empresa oferece serviços, a lógica é a mesma.

Você calcula o tempo médio de cada atividade que você oferece e forma um preço que cubra o tempo gasto em cada serviço, seja em minutos ou horas, cobrindo todos os custos e gerando uma porcentagem de lucro.

Alguns exemplos desses custos para serviços são locomoção do profissional, custo de energia gasta com aparelhos eletrônicos utilizados no serviço, valor da mão de obra, entre outros.

  • Contabilize as suas Despesas

Agora que você já sabe o custo por unidade, enxergue as despesas do seu negócio, identifique aquilo que são gastos fixos e variáveis.

Apenas uma pincelada rápida:

Custos fixos: são aqueles que você precisa pagar independente da sua produção em determinado mês. Exemplo: energia e água.

Custos variáveis: são aqueles que dependem do seu nível de produção em determinado mês. Exemplo: emissão de um boleto de venda.

Obviamente, os dois tipos de custos devem ser pagos através do seu faturamento de vendas, mas existem algumas maneiras de fazer isso que facilitam a sua contabilidade e dão um respiro a mais no seu fluxo de caixa:

  • Diluir os custos fixos da sua empresa no seu catálogo de produtos: assim você consegue aplicar uma porcentagem de contribuição diferente para cada produto.

Fazendo isso, você também consegue traçar um plano de vendas para que estabeleça metas para sua equipe de vendas. Exemplo: precisamos vender X unidades desse produto para pagarmos a energia e X unidades daquele produto para fazermos a folha de pagamento.

  • Estipular um preço que uma parte dele seja apenas para quitar seus custos.

Exemplo: Desse preço total, tal valor é apenas para pagar os custos fixos e variáveis, o restante é lucro líquido.

E por último mas não menos importante, em qualquer destes cálculos, nunca se esqueça de acrescentar os impostos no seu preço.

  • Seja fiel a sua Margem

Quando você define uma margem para cada produto, e isso significa que aquele valor afeta na sobrevivência da sua empresa, siga à risca a sua margem.

Por exemplo, se você estabeleceu que 20% do valor de tal produto é apenas para pagá-lo, e no momento da venda você oferece um desconto de 20% ao cliente, você já tirou dinheiro do seu caixa ou deixou de pagar uma porcentagem do seu custo.

Se um item te dá prejuízo, não adianta tê-lo no estoque. Compre bem, mas venda melhor.

  • Aprenda a diferença de Markup e Margem de Lucro

Se você está no início do seu negócio, provavelmente não sabe a diferença de Markup e Margem de Lucro, talvez você nem tenha ouvido falar desses termos, mas é o seguinte:

  • Margem de Lucro: é a porcentagem do seu faturamento que volta para o seu caixa depois de retirada a porcentagem de gastos.
  • Markup: é o percentual aplicado aos produtos, ou seja, o lucro desejado.

Sabendo a diferença entre esses termos e a importância deles no seu negócio, precificar seus produtos fica mais fácil e assertivo.

  • Estude o seu Mercado

Existe uma tabela de preços definida no mercado, mas você precisa fazer uma pesquisa de valores dos seus concorrentes diretos e dos grandes nomes do seu nicho para fazer a precificação correta dos seus produtos.

Fazendo essa pesquisa, você consegue saber se o preço está muito abaixo ou muito acima do mercado. Se seu preço estiver muito acima, considere uma redução.

Caso a margem esteja apertada, você pode reduzir o valor no produto X e aumentar no produto Y e oferecer os 2 juntos.

RECAPITULANDO

Saiba quanto custa cada unidade da sua esteira de produtos, contabilize corretamente as suas despesas, respeite as margens de faturamento e de lucro que você estabeleceu, entenda a diferença de cada termo que você utiliza no seu cálculo e estude o mercado.

Seguindo essas 5 dicas você vai conseguir precificar seus produtos sem nenhuma dor de cabeça.

Caso esteja sem tempo ou queira ajuda para fazer esses cálculos, você pode entrar em contato com a equipe da SMR que iremos te atender com o todo o prazer.